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Nilma Silva: orgulho em ajudar na criação do primeiro Sindicato dos Escrivães de Polícia do Brasil

14/07/2021

Escrivã teve participação decisiva no fortalecimento da classe com a fundação do Sindepojuc/MT

A união de forças dos escrivães de polícia em Mato Grosso ganhou destaque nacional com a fundação do primeiro Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária do Brasil, em 1994, o Sindepojuc/MT. História que vem sendo resgatada pela Diretoria-Executiva, comandada pelo presidente Juliano Peterson, abrindo espaço para os escrivães fundadores contarem aqui no sindepojuc.com.br a experiência vivenciada, a força e a coragem que tiveram para fortalecer a classe. Nesta entrevista, conheça mais sobre a fundação e o que vivenciou na época, a escrivã Nilma Auxiliadora da Silva. Recém-aposentada, benefício conquistado em 11 de junho 2021, atuou durante 28 anos, sendo cinco deles na antiga Delegacia Municipal de Cuiabá e os demais anos na Central de Flagrantes, do Plantão Metropolitano. Se diz realizada na abençoada missão de servir a sociedade. Assim, como Silbeni Conceição de Amorim Pereira e Olga Eliane Pinto Santos, Nilma também teve participação decisiva à fundação do Sindepojuc/MT. Confira:

A força-tarefa culminou na criação do primeiro sindicato dos escrivães no Brasil?
NILMA -
Valeu muito à pena, cada passo dado, cada momento que vivenciei junto com a diretoria, desde a sua criação, na gestão da presidente Silbeni, depois com a Genima Evangelista, para hoje poder ver o progresso alcançado pelo Sindepojuc, com a continuidade desse árduo trabalho que resultou na criação do primeiro Sindicato dos Escrivães de Polícia do Brasil, em 1994, até os dias atuais com a construção da nossa sede definitiva, moderna, imponente, confortável. Sinto-me honrada pelo convite do presidente Peterson para expor minha participação na fundação do sindicato.

Como foi essa luta em busca de autonomia e independência?
NILMA -
Tudo começou quando recebi o convite da escrivã Silbeni para fazer parte da diretoria de criação do Sindepojuc, lá em 1994, incentivada pela falta de voz que a categoria não tinha e dos nossos anseios não ouvidos. Até então fazíamos parte de um sindicato único, formado por delegados, investigadores e escrivães e, como éramos em menor número, nossa votação acabava sendo suprimida pelas outras duas categorias, fator determinante para o nosso empenho à criação do nosso sindicato.

Foi uma luta árdua, muitas divergências?
NILMA -
Foi um longo processo, de muita coragem e aprendizado. Tivemos que enfrentar muitos desafios. A começar pelo Sindicato dos Investigadores que era contrário à nossa decisão. Afinal, com isso perderia em números de associados e arrecadação e, consequentemente, perderia força para lutar pelos inúmeros anseios particulares, diante à desfiliação dos escrivães. Por outro lado, surgiram também as objeções da Diretoria da PJC, pois com a criação do Sindepojuc vieram os desafios de lidar com as nossas exigências à categoria.

Para conquistar o próprio espaço chegaram a sofrer represálias?
NILMA -
Sim, mas também nos fortalecemos diante dos desafios enfrentados em busca da nossa identidade, enquanto categoria independente das demais. Ainda que para isso nos reuníamos em espaço cedidos por outras entidades, como na sede do Sindicato dos Taxistas, pois não tínhamos prédio próprio e as dificuldades financeiras eram imensas. Para fazer com que a nossa voz fosse ouvida, de fato, pagamos árduo preço, muitas vezes, até com punições e perseguições administrativas dos chefes, em especial, nos movimentos paredistas - movimentos de greves por busca de melhores condições de trabalho e de salários, que protagonizamos em defesa dos nossos interesses. Tivemos até ameaça por parte de delegado no plantão, de prender escrivão por desobediência pelo fato de se recusar a fazer TCO, pois seguia a orientação da diretoria do sindicato, por não se tratar de uma ocorrência de auto de prisão em flagrante. Era uma das nossas iniciativas na direção dos movimentos paredistas, fazer apenas o que se tratava no caso de prisão em flagrante.

Qual a sensação depois de tanto trabalho?
NILMA -
Tenho muito orgulho de fazer parte da história da fundação do sindicato, de ver toda nossa luta reconhecida e de poder contar aqui a minha experiência, a minha contribuição para o fortalecimento dessa categoria indispensável para a sociedade mato-grossense. Deixo aqui meu agradecimento ao presidente Peterson pela rica oportunidade e desejo que nosso sindicato continue cada vez mais forte e atuante em defesa dos interesses da classe. Que Deus nos abençoe nesse trabalho!


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