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Sindepojuc reverencia 19 anos da Turma Dr. Sebastião Finotti da Silva

13/03/2020

Dos 36 integrantes da Turma 2001, 26 seguiram a carreira de escrivão, sendo 19 deles em Cuiabá, numa época em que o trabalho era totalmente analógico

A diretoria do Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil – Sindepojuc parabeniza os 26 escrivães de polícia que completam 19 anos de profissão, nesta quinta-feira (12), na Polícia Judiciária Civil – PJC-MT. Desses, 19 deles atuaram ou atuam em Cuiabá e os demais no interior. Nesta matéria, o Sindepojuc reconhece a importância de cada um desses profissionais e abriu espaço para saber qual o sentimento após quase 20 anos na PJC.
“São quase duas décadas prestando serviços altamente qualificados à população mato-grossense. E o Sindepojuc também evoluiu nesse período defendendo e resguardando os direitos dos nossos filiados”, afirma o presidente do sindicato, Davi Nogueira.
Desde que se formou, Bento Roseno da Silva sempre atuou na DHPP, onde é chefe do Cartório Central, e conta os desafios enfrentados em quase duas décadas. Recorda as dificuldades que existiam naquela época em que a máquina de datilografia era peça fundamental para registrar as ocorrências policiais. E que a turma foi marcante, empossada pelo delegado Romel Luiz Santos, diretor-geral da PJC, na gestão do então governador Dante de Oliveira, que tinha como secretário de Segurança Pública, Benedito Coperlino.
Há apenas um ano para se aposentar, Bento Silva garante a sensação do dever cumprido. “Acompanhei a evolução da profissão. Lembro que a máquina de datilografia era levada para os lugares das ocorrências, tudo muito mais difícil. Eram apenas quatro escrivães e eu tinha que dar conta de 842 inquéritos. Hoje, são 14 escrivães, tudo informatizado e média de 60 inquéritos por escrivão. Também acompanhei a evolução do sindicato, que está com melhor estrutura tecnológica, atendimento e lisura nas ações. É uma emoção muito grande completar 19 anos na PJC”, assegura Bento.
“Um sentimento de alegria e satisfação em atender a sociedade. E o nosso sindicato está fazendo um ótimo trabalho, com muita dedicação e transparência”, garante a escrivã dessa turma, Vânia Cardoso de Oliveira, que atua na Diretoria Geral da PJC, mas já atuou na Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoas, nas cidades de Araputanga e Cáceres, em região de fronteira.
Outro membro da Turma 2001 é o escrivão Amilton dos Santos Machado. Ele conta que ingressou por acaso, não queria nem fazer a inscrição do concurso, mesmo sendo de família de policiais. Até que um amigo fez a inscrição para ele, que ganhou a isenção da inscrição por ser doador de sangue. “Eu já estava casado em 2001, com três filhos pequenos, desempregado, na lama. Passei em 70 na classificação inicial. Tive e tenho grandes amigos na Polícia, muitas alegrias, tristezas, tive depressão por causas familiares e do serviço. Ajudei a solucionar casos de grande repercussão, amadureci muito. Como policial a pessoa fica mais ligada no ambiente em que está, fica 100% ligada. Hoje, o meu sentimento até aqui é de dever cumprido, me doei 100% para a instituição, por algumas vezes me senti valorizado outras não. Devo muito aos meus companheiros de serviço EPC, IPC e DPC. Mesmo com algumas decepções no passado devo muito a Polícia Judiciária Civil de MT, amo o que faço, amo a minha instituição, dei prosseguimento a uma família de policial”, reflete o policial que se emociona quando recorda a trajetória profissional.
O sentimento é o mesmo da escrivã Néria Regina dos Reis Carvalho, ativa na Deletran. “É um misto de olhar para trás e me considerar realizada dentro daquilo que me propus. Busquei meus objetivos, passamos por tantas conquistas e, hoje, ver os avanços, nossos direitos, é emocionante. Tive uma turma muito boa, até hoje somos parceiros. O tempo passa muito rápido, lá se foram 19 anos. Seguimos à diante com o foco em melhorar cada vez mais, mesmo diante das dificuldades profissionais, que muitas vezes nos frustram. São quase duas décadas de um misto de cada coisa boa e ruim, porque abrimos mão de muitas coisas, mas também temos a certeza de que estamos fazendo o melhor”, avalia Néria. 
E como nem tudo são flores, o destino de alguns mudou. É o caso da integrante do grupo, que pediu baixa e foi morar no Pará, Sheila Cristina. “Eu saí da polícia em 2004, ano que tive minha filha e vim embora para o Pará. O Bentinho ainda me considera uma colega da turma, e eu me considero também, pois tenho um carinho enorme por todos. Entrar na polícia não é algo tão comum para uma jovem de 20 e poucos anos. E foi muito marcante. Cada experiência ali vivenciada, cada aprendizado, a transição que a gente faz de uma vida civil comum para a vida real da segurança pública. Não tem como não marcar a gente. O sentimento é de gratidão pelos aprendizados. Carinho pelos colegas que estão firmes até hoje. Honrados, fortes e corajosos, pois sem dúvida é uma guerra. E amor demais pela função de apoiar nossa sociedade”, define Sheila que se tornou gerente de Negócios da Natura.

Turma 2001
Aluizio Pereira dos Santos
Amilton dos Santos Machado
Bento Roseno da Silva
Clarice Paula Oliveira Pinho
Claudia Divina Silva
Clodoaldo Miranda
Fernando Martim Lopes
Foad José Gattass
Gilson Paiva de Amorim
Jovanil Francisco dos Santos
Jucilene Fátima Cardoso da Silva
Neli Sabino Nunes
Néria Regina dos Reis Carvalho
Paulo Prata Fonseca
Reginaldo Fernandes de Oliveira
Rosemari Bressan
Sandra Mara de Castro Alves
Sebastião Arruda de Andrade
Sheila Cristina Neris Cheseler
Silvia Marisa
Tatianne Correa Carnelocci
Teonilio da Rocha 
Valdinéia Ferreira
Valdirene Amaral
Valmir Paulino
Vânia Cardoso de Oliveira