Sindicato dos Escrivães
de Polícia Judiciária Civil
do Estado de Mato Grosso

O Sindicato dos Escrivães de Polícia Civil de Mato Grosso – Sindepojuc considera insalubre as condições de trabalho na 1ª Delegacia de Rondonópolis, localizada no centro da cidade. No ano passado, o sindicato também percorreu as dependências do Cisc Planalto, em Cuiabá, e constatou as péssimas condições do local para o exercício da profissão.

De acordo com o presidente do sindicato, Davi Nogueira, além da má conservação da sede, que não recebe nenhum tipo de reparo há anos, os escrivães enfrentam também a falta de materiais de escritório, tendo que, muitas vezes, adquiri-los com recursos próprios para trabalharem.

Conforme denúncia encaminhada ao Sindepojuc, para pedir a intervenção e melhorar as condições dessa unidade em Rondonópolis, onde trabalham dois escrivães, a situação das duas salas dos escrivães plantonistas é precária. Sem manutenção, apenas um ar condicionado atende o setor, que apresenta mofo no teto; as cadeiras estão danificadas; teclados dos computadores não funcionam direito.

Além disso, critica a falta de material de higiene, que nos últimos anos vem sendo adquirido pelos servidores que tentam manter o funcionamento da delegacia. “É corriqueiro comprarmos os materiais de higiene para a limpeza do local, tais como desinfetante e álcool em gel. Fazemos isso porque trabalhamos num local insalubre, com grande circulação de presos. Infelizmente, também temos que comprar o material de escritório, principalmente fita adesiva e sacos plásticos para identificação de objetos apreendidos”, diz trecho da denúncia, ao alertar que o descaso gera problemas de saúde e consequentes atestados médicos.

“A realidade dessa delegacia não é diferente da Central de Flagrantes em Cuiabá, cuja falta de estrutura já denunciamos por duas vezes. Nossos colegas não têm estrutura mínima para trabalhar, nem espaço adequado para refeitório e banheiros adequados. O que nos estranha é que enquanto as delegacias estão caindo aos pedaços, infelizmente, o governador continua inaugurando novas delegacias no interior do estado. Há um contrassenso, porque além dos problemas pela falta de reforma nas existentes, há déficit no efetivo, principalmente de escrivães”, questiona o presidente.

Para ele, a abertura de novas delegacias não resolve o problema da sociedade, pois cria-se um problema maior, já que a unidade fica sem condições de uso por falta de servidores. “Há falta de gestão porque o governo deveria priorizar investimentos às delegacias existentes, com condições de trabalho e, consequentemente, melhor atendimento à população”, defende Davi Nogueira.