Sindicato dos Escrivães
de Polícia Judiciária Civil
do Estado de Mato Grosso

A diretoria do Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso – Sindepojuc/MT homenageia o gerente de Sistemas na coordenadoria de TI, escrivão Ricardo Barcelar e sua equipe pelo brilhante trabalho que culminou na criação do Sistema Geia, possibilitando a informatização e digitalização da Polícia Judiciária Civil (PJC), colocando Mato Grosso em destaque nacional.

Implantado há dez anos, o Sistema Geia inovou o trabalho da Segurança Pública de Mato Grosso. Nesta semana, outro grande avanço foi registrado pela equipe de Barcelar, com a integração do sistema com o Processo Judicial Eletrônico, se tornando o segundo sistema do país completamente integrado com o Poder Judiciário e o primeiro a se integrar com o PJe.

Barcelar, que está na PJC desde 2007, comemora e garante que a iniciativa é um marco histórico, pois de agora em diante o trabalho será de aprimoramento do sistema que se tornou um grande sucesso. E adianta que já estão sendo concluídos novos produtos que serão de grande valia para o trabalho policial, entre eles: o reconhecimento facial, assinatura por biometria, sistema de análise de dados BI, aplicativo de celular, dentre outros.

“É uma honra para o Sindepojuc saber que o Sistema Geia foi desenvolvido por um escrivão, profissional que não mediu esforços para consolidar esse empreendimento que nos coloca à frente, facilitando todo trabalho nas delegacias. Mato Grosso é um dos poucos estados que tem esse sistema desenvolvido pela própria instituição e está na vanguarda da informatização e digitalização dos processos realizados nas delegacias. Dentro desse sistema foram incorporados vários bancos de dados do Brasil inteiro, ou seja, permite acessar informações com rapidez e eficácia. Por isso, nossa homenagem e reconhecimento ao escrivão Ricardo Bacelar e toda sua equipe que trabalham muito para deixar um grande legado à Segurança Pública”, destacou Davi Nogueira, presidente do Sindepojuc.

SISTEMA GEIA - Geia é um conjunto de sistemas que tem a finalidade de informatizar a PJC da parte administrativa à operacional. Entre os seus dezoito sistemas destacam-se três principais e mais conhecidos: Argus (Administrativo), Vinculum (Operacional) e o carro-chefe Cartórium (Inquérito Eletrônico), que tem recebido mais modificações em decorrência da integração entre sistemas com o Poder Judiciário.

TRAJETÓRIA - O sonho de um sistema moderno e eficaz começou em 2008, conforme relata Barcelar, mas que se tornou consistente dois anos depois, após uma viagem que ele fez com a Delegada de Polícia Luciani Barros. Inicialmente, a ideia era implantar os sistemas da Polícia Civil do Distrito Federal em Mato Grosso, contudo existia uma inviabilidade técnica muito grande. Diante disso, um projeto de desenvolvimento de sistemas que visava à informatização da PJC foi apresentado ao Conselho Superior de Polícia e aprovado. Trabalho que começou com dois programadores Barcelar e o investigador Helder Oliveira Silveira.

“Propor e implantar um sistema informatizado para uma instituição do tamanho da PJC, sem estar diretamente ligado à gestão da instituição é muito difícil. Então, convencer que construiríamos algo diferente era muito complicado. Tanto que em 2008 apresentamos o projeto, mas sem êxito”, relembra o escrivão, ao ressaltar as inúmeras dificuldades enfrentadas para que o sistema se tornasse realidade.

“Tivemos outros modelos pontuais e até um sistema desenvolvido por um preso que era programador. No entanto, o tempo se encarregou de mostrar que o modelo não funcionava. Os sistemas apresentavam problemas e deixavam de ser utilizados levando a perda de todas as informações ali registradas”, explicou o programador.

Já em 2012, o sistema começa a ser valorizado com a criação da Fábrica de Software na sede da Academia de Polícia e a PJC conhece então os primeiros sistemas do Geia. Surge aí, conforme Barcelar, a dificuldade para convencer os policiais a utilizarem o sistema, que com o passar do tempo entenderam que a informatização dos processos era realidade, um caminho natural de toda a instituição. Outra grande conquista foi a liberação de novos membros à equipe, entre escrivães e investigadores, programadores/analistas de sistemas e gestores de banco de dados para garantir novos avanços.

Para ele, todo esse sucesso foi possível graças ao trabalho em equipe, formada por profissionais que se dedicam diariamente com amor ao setor a exemplo dos escrivães Neftis Caroline, Clodoaldo Moraes, Thiago Nascimento e Marcos Ávila. Para Barcelar, além do conhecimento em sistemas da informação, cada um trouxe um pouco de sua experiência policial para construir o sistema Geia. Além dos Escrivães também fazem parte da equipe os investigadores Helder Silveira, Zenildo Prado, Simone Monteiro, Wellington Carvalho e Fábio Arruda, que dentro de suas atribuições também são responsáveis por tudo que construíram.

“Para construir essas soluções foram muitas horas de estudo e de cursos custeados sempre com nossos próprios recursos. Contudo, vale ressaltar que estamos aqui para servir aos colegas que sabemos que tem uma carga de trabalho bem grande, à instituição como nossa mantenedora e à sociedade que tem uma melhor prestação de serviço”, afirmou, ao acrescentar que a equipe se dedica muito mais que oito horas diárias de trabalho para melhorar a Segurança Pública.

Ele destaca a participação ímpar do Sindepojuc na construção desse sonho. “Temos sim que reconhecer o Sindepojuc, pois, especialmente na gestão do Davi Nogueira, percebemos seu apoio aos projetos que estávamos construindo, sempre fazendo sugestões de melhorias. Foram inúmeras as vezes que o sindicato nos visitou, não só para acompanhar o que estava sendo feito, mas também para nos motivar”, ressaltou Barcelar, ao agradecer o reconhecimento do sindicato.