COMUNICADO Nota de Pesar: Julia Zomer Continue Lendo
09/03/2019
Sindepojuc apoia abaixo-assinado de servidores da 1ª Delegacia de Rondonópolis
Denúncia sobre irregularidades na unidade foi protocolada no TJ, MPE, Sindepojuc, Sinpol, OAB e Delegacia Regional
Servidores da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Civil de Rondonópolis protocolaram um relatório sobre as más condições de trabalho no Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual, no Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil – Sindepojuc, no Sindicato dos Investigadores – Sinpol-MT, na OAB – secção Rondonópolis e na Delegacia de Polícia Judiciária Civil da Delegacia Regional. O documento é fruto de uma reunião da categoria que trabalha insatisfeita há meses pela forma como vem sendo gerida a unidade e por isso fizeram a denúncia demonstrando indignação.
“Deixamos claro que a finalidade deste relatório é informativa porque um agente público não pode deixar de informar a ausência e o descaso do Estado dentro de uma repartição, cujo principal valor deveria ser o de garantir direitos fundamentais e não negligenciá-los”, afirmam no documento assinado no último dia 25.02.
De acordo com o documento, não existe uma coordenação de fato na delegacia, uma vez que, constantemente, é preciso resolver problemas inerentes ao plantão, mas como não há delegado presente, vêm os inúmeros problemas. Relatam que as questões têm sido resolvidas por meio de telefonemas e mensagens de WhatsApp. “Desta maneira, o delegado plantonista aparece na delegacia apenas para assinar os procedimentos confeccionados pelo escrivão plantonista, não existe a formalização de um despacho na ocorrência, sendo na maioria das vezes, esta ocorre de forma verbal, via telefone ou pelo aplicativo de mensagem gerando insegurança jurídica aos policiais”, diz trecho do documento.
Além disso, denunciam que a ausência prejudica vítimas e seus parentes quando necessitam da assinatura do delegado plantonista nos documentos, como requisições direcionadas ao IML, a exemplo de pedido de necropsia. “Fazendo com que familiares já massacrados pela dor da perda do ente, ainda tenham que se sujeitar a ficarem às vezes até horas num ambiente hostil, perigoso, insalubre, à espera do delegado”, argumentam, ao acrescentar que flagrantes pendentes, muitas vezes, precisam ser continuados pela equipe plantonista seguinte diante a ausência do gestor.
O mesmo ocorre com flagrantes de entorpecentes lavrados no período noturno que ficam sem laudos periciais dentro do plantão, seja pela falta de assinatura do delegado ou pela recusa de peritos da Politec, que alegam falta de segurança devido ao horário.
De acordo com o presidente do Sindepojuc, Davi Nogueira, a situação não pode continuar como está. A diretoria do sindicato esteve no local, nesta sexta-feira (08.03), para verificar a denúncia.
Itimara Figueiredo
(65) 9952-1211
Jornalista - DRT 815MT