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Por sete mandatos, Genima avalia sua experiência à frente do Sindepojuc

10/08/2021

Desafios contabilizam greves que duraram até 60 dias

Mais uma história registrada sobre os avanços e desafios enfrentados pelo Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso - Sindepojuc/MT desde a sua criação em 1994. Nesta entrevista, a experiência da escrivã Genima, que por sete mandatos defendeu o fortalecimento da categoria, num período em que, por melhores salários, as greves eram constantes e podiam chegar a 60 dias. Genima atuou na Polinter, em 1993; Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa – DHPP, época em que escrivães faziam plantões em várias delegacias de Cuiabá e Várzea Grande nos finais de semana. Ela trabalhou também na extinta Delegacia do Porto, Delegacia Municipal de Cuiabá e de Várzea Grande.  Confira o que ela relata sobre a sua trajetória à frente da entidade:

O que é ser escrivão de polícia para você?
Genima -
O escrivão é, na minha concepção, a mola mestra do trabalho policial. Função imprescindível, mas que, infelizmente, muitas vezes é subestimada. Embora muitos avanços tenham sido registrados.

Como surgiu a ideia de assumir o Sindepojuc e quando foi?
Genima -
Havia uma insatisfação por parte dos colegas com a gestão da época. A classe estava à procura de um novo representante, e muitos colegas me procuraram para estar à frente do desafio. Assim, formamos uma chapa, concorremos à eleição e à partir daí iniciou-se uma nova era de conquistas para a categoria.

Foram vários mandatos. Boa parte da sua vida dedicada ao sindicato, como vivenciou tudo isso?
Genima -
Foram sete mandatos de dois anos cada. Com novos desafios surgindo a cada dia. Ser sindicalista exige muito tempo, dedicação, esforço, resumindo tem que amar a profissão e lutar pela categoria.
É necessário lidar com pessoas e situações adversas. Foram muitas experiências, aprendizados e conquistas.

Como foi esse período?
Genima -
Assumimos o sindicato em fevereiro de 2002, sem uma única cadeira para sentar, sem sede, sem veículo, sem linha telefônica, sem credibilidade, ou melhor, sem referência alguma. O nome da entidade estava restrito nos órgãos de proteção ao crédito, impossibilitando assim a aquisição de qualquer bem. A arrecadação mensal era ínfima, já que o descontentamento com a entidade era unânime.
Lembro que os membros da primeira diretoria emprestaram seus nomes para alugar uma sala e adquirir uma linha de telefone e, assim ter onde e como atender/ouvir as necessidade dos escrivães.
O primeiro mandato foi inteiramente dedicado ao resgate da credibilidade do sindicato junto à categoria. Conseguimos filiar um grande número de colegas, contratar assessoria jurídica e gerenciar a vida financeira da entidade.
Nos anos seguintes adquirimos a sede atual do Sindepojuc, localizada no bairro Lixeira, em Cuiabá, e adaptamos o hotel de trânsito para maior comodidade aos colegas do interior do Estado.

A luta foi árdua, mas os avanços foram conquistados?
Genima -
Inúmeras conquistas, tais como, a exigência do nível superior para ingresso na carreira; o avanço da valorização salarial; o pagamento do adicional noturno; o reconhecimento da atividade de escrivão como de carreira jurídica e a participação do escrivão nas decisões do CSP.

Quais momentos mais marcaram essa época?
Genima -
Foram muitos, mas com certeza as greves por valorização salarial e por melhores condições de trabalho são históricas. Algumas duraram mais de 60 dias.

Como avalia a atuação do Sindepojuc?
Genima -
O Sindicato é o defensor legítimo da classe. É através dele que somos representados.

A sensação é de dever cumprido?
Genima -
Desde o início sempre disse a mim mesma que eu (juntamente com todos que participaram da gestão) deixaria um legado. Que nossa classe seria melhor. Nosso sindicato seria mais forte. Eu SOU Escrivã. Essa sempre foi a motivação.  Tudo que fosse melhor para todos seria melhor para mim também e lutamos muito por isso! A sensação é de missão cumprida. Sou grata pela oportunidade que tive, por todo aprendizado e conhecimento.

Deixe uma mensagem para os colegas?
Genima -
Quero aproveitar o espaço para agradecer a todos por participarem da história do nosso sindicato. Ele é o órgão que nos representa e que tem legitimidade para assegurar nossos direitos. Mas, não pode fazer nada sozinho, apenas com sua Diretoria.
O Sindicato só é forte quando a classe se une e participa no mesmo propósito. E participar vai muito além das redes sociais. Participar exige presença, pois juntos somos sempre mais fortes!


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