COMUNICADO Nota de Pesar: Julia Zomer Continue Lendo
04/07/2019
Diretoria do Sindepojuc também participou de vigília, no Salão Verde, do Congresso Nacional, para forçar governo federal a ouvir as reivindicações
Pelo menos cinco mil policiais participaram de protesto contra a Reforma da Previdência, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na tarde desta terça-feira (02.07), cantando o Hino Nacional ou o grito de guerra: acabou o amor, Bolsonaro traidor. Somente de Mato Grosso foram 200 policiais, entre investigadores e escrivães.
Ontem à noite, após várias tentativas de diálogo com o governo, uma comitiva de dirigentes sindicais de todo o Brasil, acampou no Salão Verde, do Congresso, até serem recebidos, mas sem êxito. No manifesto foram registradas as presenças de representantes das Forças de Segurança do Brasil, como policiais civis, guardas municipais, agentes penitenciários, agentes socioeducativos e da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal.
Dentre os argumentos, afirmam que com a nova proposta do governo, se aprovada, os policiais estarão fadados a morrer trabalhando, além da falência das instituições de segurança.
Para o presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia Civil de Mato Grosso – Sindepojuc, Davi Nogueira, o protesto é o repúdio do setor à Reforma da Previdência, que segundo ele, demonstra o descaso do governo em relação aos direitos adquiridos dos profissionais que atuam nessa área. Em maio também ouve a manifestação.
“Desta vez ficou bem claro que os policiais não acreditam no governo. A caravana de Mato Grosso mais uma vez se destacou pela adesão, inclusive, fomos elogiados pela ampla mobilização e organização. Para nós é muito importante isso e que sirva de exemplo para os colegas que não vieram, para que sintam motivação e que procurem se informar sobre o que realmente está acontecendo. Pois, percebemos que muitos policiais, até mesmo alguns que vieram, não tinham noção da gravidade do que está acontecendo. Só a gente explicando é que as pessoas sentem o dano que a Reforma da Previdência causará em nossa vida funcional, em nossa vida profissional”, alertou Davi Nogueira.
Ressalta que há esperança de que as reivindicações da categoria sejam atendidas e a situação se resolva o mais rápido possível. Porém, garante que estão dispostos a continuar a luta.
“Esperamos que não tenha mais necessidade de retornarmos aqui em Brasília para esse assunto, que se resolva mais rápido possível. Mas, se for preciso estamos dispostos a retornar quantas vezes forem necessárias para lutar pelos nossos direitos”, afirmou, ao questionar o excesso de informações nas redes sociais, que acabam desestimulando a leitura.
“A maioria das pessoas já não tem mais nem paciência de ler e isso está gerando, infelizmente, a desinformação. Por mais que tenham acesso, parece que estão alheias a tudo que está acontecendo, inclusive, boa parte dos interessados que somos nós policiais”, disse Davi.
REIVINDICAÇÕES – O Sindepojuc destaca que a Federação Interestadual de Policiais Civis das Regiões Centro Oeste e Norte – Feipol divulgou um relatório da diretoria jurídica da FENAPRF que aponta os principais problemas da proposta e que devem ser trabalhados junto aos parlamentares. Confira:
1) Limitação do benefício de aposentadoria voluntária, por invalidez e pensões ao teto do RGPS para servidores que ingressaram a partir de 04/02/2013 (instituição do FUNPRESP), com a consequente perda da paridade e integralidade para esses servidores.
2) Pensão e invalidez com mesmas regras dos demais servidores.
3) Idade mínima poderá ser superior a 55 anos.
4) Idade mínima igual para homens e mulheres policiais.
5) Ausência de regra de transição na idade mínima para servidores policiais.
6) valor do benefício calculado igual regra geral.
7) Aumento das alíquotas do PSS.
8) Quebra na correlação entre previdência e pensão dos servidores policiais militares e civis
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