COMUNICADO Nota de Pesar: Julia Zomer Continue Lendo
20/03/2019
Delegados insistem em não usar o sistema Geia.
O Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil – Sindepojuc tem recebido reclamações de escrivães sobre a resistência de alguns delegados em utilizar o Sistema Geia, conjunto de sistema que permitiu avanços e revolucionou a rotina nas delegacias, proporcionando mais rapidez e eficiência nos registros de ocorrências.
O presidente da entidade, Davi Nogueira, explica que a denúncia anônima relata que há casos em que o delegado se nega a despachar via Sistema Geia. “É um profissional que não quer evoluir, mantendo velhas práticas. E o sindicato repudia esse tipo de comportamento, pois o delegado não está utilizando a tecnologia a favor da instituição e da sociedade. O sistema agiliza as conclusões das investigações, porém, o delegado prefere a velha pratica de escrever no papel".
No caso denunciado, o delegado ao invés de determinar via sistema Geia quais as providencias devem ser tomadas para investigar o crime (despachar), prefere que todos os boletins de ocorrência sejam enviados fisicamente ao mesmo para que o despacho seja feito manualmente e posteriormente enviados via ônibus à delegacia para cumprimento. Sendo que poderia fazer isso pelo sistema online sem nenhum custo para o Estado. Um absurdo, pois além de tudo, gera insegurança ao policial que se vê obrigado a cumprir uma ordem verbal até que a ordem escrita chegue!”, questiona o presidente.
... e posteriormente enviados via ônibus à delegacia para cumprimento.
De acordo com a denúncia, o delegado quer que o escrivão cumpra a ordem verbal ou por meio de aplicativo de celular WhatsApp, para que depois seja formalizada a ordem manual prejudicando o trabalho nas delegacias. O correto e já determinado pela Diretoria da PJC é que todos os procedimentos sejam elaborados no Geia.
“O delegado descumpre a lei exatamente para ter a liberdade de decidir o que quiser, após o procedimento ter sido realizado pelos policias e o preso ser encaminhado ao presídio ou liberado mediante fiança. Quando falamos que o sofrimento é pela resistência em utilizar o sistema, o delegado acha ruim e nos questiona o porquê de não aceitarmos a ordem verbal”, relata o denunciante.
“É inaceitável essa prática antiga e arcaica, já que a ordem vem após o flagrante, não deixando registrado que a ocorrência foi feita conforme a determinação do delegado. Gera uma insegurança jurídica muito grande. Então, o mínimo que o delegado tem que fazer é elaborar a ordem escrita do despacho à ocorrência”, esclarece Davi, ao acrescentar que dessa forma, descumprem a lei em benefício próprio ao dispensar o uso do sistema online, que é prático, rápido e eficiente.
GEIA é um conjunto de sistemas criado exclusivamente para otimizar o trabalho da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. Desde que começou a ser implantado em 2011, a rotina nas delegacias e na área administrativa ganhou celeridade e eficiência à criação do Argus e de outros sistemas como o Vinculum e o Cartorium – gestão de procedimentos policiais, que revolucionaram a PJC, sob o comando do escrivão e gerente da Fábrica de Software, Ricardo Rodrigues Barcelar.
Itimara Figueiredo
(65) 9952-1211
Jornalista - DRT 815MT