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Governador declara apoio a tratamento diferenciado para servidores da Segurança Pública

19/12/2016

E garante que mudanças à proposta da Reforma Previdenciária, reivindicadas pela categoria, serão discutidas com a bancada federal em janeiro

O governador Pedro Taques (PSDB) assegurou apoio às reivindicações dos servidores da Polícia Judiciária Civil ??? PJC/MT. Eles defendem discussão ampliada da proposta de Reforma da Previdência do governo federal, que retira direitos adquiridos da categoria. Dentre os questionamentos, o fim da paridade; aposentadoria após 30 anos de serviços prestados e riscos da atividade policial.

A afirmação de Taques foi feita durante reunião com os presidentes dos sindicatos que representam os servidores que compõem a PJC/MT - dos Escrivães (Sindepojuc), Davi Nogueira, dos Delegados (Sindepo), Wagner Bassi Junior e dos Investigadores (Siagespoc), Cledison Gonçalves, nesta sexta-feira (16), no Palácio Paiaguás. Também estiveram presentes os representantes da Polícia Militar e o presidente do Sindicato de Peritos Criminais, Alison Trindade.

O governador garantiu que levará a discussão à bancada federal de Mato Grosso. Essa reunião deverá acontecer em janeiro. Diferente do que o governo federal quer propor, Taques defende que as carreiras de policiais são atividades de risco e, sendo assim, merecem e precisam de um tratamento previdenciário diferente. 

???Uma atividade de risco não pode ser tratada igual à de outro profissional que não exerce esse tipo de atividade e coloque em risco a sua vida e integridade física. O governador deu todo apoio aos profissionais da Segurança Pública e vai levar as demandas à bancada federal de Mato Grosso em janeiro. Enfim, temos condições de avançar nessa temática em âmbito nacional???, destacou o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, que intermediou a reunião.

Jarbas lembrou que o governador mato-grossense foi o primeiro a se pronunciar, oficialmente, em detrimento dessa regra nova que coloca na mesma condição todas as carreiras, inclusive, as carreiras policiais. ???Precisamos de uma segurança pública forte que tenha condições de salvaguardar a nossa população. E, é pensando nisso que todas as carreiras policiais têm merecem sim o tratamento diferenciado???, afirmou.

Os sindicatos alertam sobre as graves consequências que as novas regras da previdência poderão acarretar aos policiais civis, caso a Reforma da Previdência seja aprovada no Congresso Nacional. Eles consideram a proposta um retrocesso aos avanços e direitos do trabalhador.

Eles defendem a necessidade de diálogo com a categoria que exerce profissão de risco, dentre eles, citam o maior índice de suicídio e redução de 10 anos na expectativa de vida do policial em relação ao cidadão comum. Destacam que nos Estados Unidos o policial aposenta com 20 anos de serviços prestados. E que no mundo inteiro a aposentadoria do policial é calculada sobre o tempo de contribuição.

????? muito importante esse apoio do governador Pedro Taques para que juntos possamos sensibilizar o governo federal e alterar a proposta da reforma da previdência, resguardando os direitos adquiridos de policiais, que exercem atividade de risco. Também é preciso esclarecer que a aposentadoria, após 30 anos de serviços prestados, para o policial não é bondade do governo. ?? uma necessidade, por isso essas mudanças, feitas a toque de caixa, podem trazer sérias consequências para a sociedade???, afirma Davi Nogueira, presidente do Sindicato dos Servidores de Polícia Judiciária Civil - Sindepojuc.

Atualmente, tem direito à aposentadoria especial da PJC, o policial com 30 anos de serviços prestados e de 25 anos para a mulher policial. O Sindepojuc lembra que o benefício é justo, uma vez que a função policial é diferenciada.

 

ITIMARA FIGUEIREDO ??? Redação