Sindicato dos Escrivães
de Polícia Judiciária Civil
do Estado de Mato Grosso

Preocupada com aumento do número de policiais contaminados pela Covid-19 nas delegacias de Mato Grosso, a diretoria do Sindicato dos Escrivães de Polícia Civil Judiciária – Sindepojuc-MT faz o alerta sobre a importância de os policiais seguirem à risca a Portaria 48/2020 DGPJC EXT, que orienta sobre os procedimentos necessários em caso de suspeita ou confirmação da doença; garantir o trabalho seguro e o funcionamento das delegacias. Também chama a atenção sobre a importância de união, especialmente, apoio ao colega infectado, para que este não tenha receio de informar sobre possíveis sintomas por medo de sofrer preconceito.  
Presidente do Sindepojuc, Davi Nogueira, alerta que é necessário conhecer as orientações, cumprir o distanciamento social, bem como, trabalhar seguindo as escalas de revezamento, mesmo diante do cenário de pânico que os casos confirmados ou suspeitos têm gerado. 
“Infelizmente, a pandemia é uma realidade, há tendência de que todos fiquem doentes, mas temos que evitar o colapso do sistema de saúde, preservando ao máximo cada servidor, para que o momento difícil seja menos traumático possível. Então, se vier a dúvida: Fui contaminado. E agora? Se isso acontecer, nada de desespero. É muito importante que o agente comunique ao seu gestor imediato, não compareça à delegacia e siga as demais orientações de isolamento social. Se o policial contaminado for trabalhar, acaba contaminando outros colegas e isso é crime”, ressalta. 
Destaca que o sindicato refuta qualquer tipo de preconceito e assegura que o momento é de união. Contudo, Davi questiona que há uma sub-notificação para a Diretoria Geral. Ou seja, quem está contaminado se sente discriminado por parte dos colegas e acaba não seguindo o protocolo de cuidados. “Queremos motivar o colega a se declarar caso seja suspeito, devendo se afastar imediatamente do trabalho, pois quem toma providências para assegurar o tratamento adequado é a Diretoria Geral, inclusive, fazendo os testes”. 
O sindicato, ainda, destaca que a situação atípica causada pela pandemia requer a atenção de todos sobre procedimentos e normas que sofrem alterações constantemente. Questiona que mesmo sendo de ordem superior, o revezamento das equipes nas delegacias não vem sendo cumprido no estado. Vale lembrar que a portaria é uma ordem superior, passiva de sanções e penalidades. 
“Esse revezamento não é uma benesse ao policial, mas sim para manter o serviço essencial funcionando. Se um agente ficar doente, o risco de contaminação da equipe é muito grande. Por isso, é importante ter o revezamento para proteger os policiais. Salvo aquelas exceções de delegacias com apenas dois ou três agentes”, conclui o presidente.