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Formação em Direito facilita o exercício profissional de escrivães, aponta pesquisa

17/07/2018

Argumentos da pluralidade de conhecimento é derrubado!

Mesmo não sendo requisito obrigatório para o ingresso na função de escrivão de polícia, a formação em Direto contribui sobremaneira no exercício profissional. É o que revela uma pesquisa feita pelo Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil – Sindepojuc, realizada no semestre passado com 343 escrivães.

De acordo com a pesquisa, ao exercer a função de escrivão, o profissional percebe a necessidade de se buscar conhecimento na área Jurídica, seja na graduação ou pós-graduação.

“Queríamos saber a dimensão da importância do curso de Direito para o desempenho da função de escrivão de Polícia Civil. Então, o sindicato realizou a pesquisa com 48,30% dos escrivães da ativa que se dispuseram a participar. A pesquisa demonstra que o conhecimento jurídico é extremamente importante para o desempenho da nossa função. Constatamos que os colegas com formação em outra área, sentem a necessidade de adquirir o conhecimento jurídico. Muitos se superaram, especialmente os do interior, ao enfrentar as dificuldades de deslocamento para estudar Direito”, destacou o presidente do Sindepojuc, Davi Nogueira.

A pesquisa foi realizada no período de 06 a 16 de fevereiro deste ano, por meio de questionário encaminhado via email e WhatsApp aos escrivães da ativa de Mato Grosso. “A pesquisa não visa o trabalho técnico científico, mas, sim, trazer a lume em qual especialidade em nível de graduação os escrivães apresentam maior direcionamento”, informou Davi, ao acrescentar que era uma necessidade do sindicato conhecer o nível intelectual e a especialidade que mais se adequa à profissão.

RESULTADO – A pesquisa revelou que 12,9% dos escrivães ingressaram na PJC na época em que não se exigia nível superior. Desses 12,9%, 31,1% graduou-se posteriormente em Direito; 11,1% em Pedagogia; 8,9% em Letras, 8,9% em Economia; dentre outras áreas. Nesse mesmo grupo, a pesquisa revelou que 32,4% optaram em fazer pós-graduação nas áreas de Segurança Pública; 27% Direito e 18,9% em Ciências da Administração Pública.

Outro destaque é que dos profissionais que ingressaram após a exigência de nível superior, em 2005, 32,9% já eram bacharéis em Direito; durante a carreira, 60 escrivães participantes da pesquisa cursaram uma nova graduação, sendo que 80% deles optaram pelo curso de Direito. Os que fizeram pós-graduação, 35% optaram por cursos da área de Segurança Pública; 30,7% optaram por Ciências do Direito e 24,8% por Ciências da Administração Pública, totalizando 90,5%. 

Conforme análise feita pelo Sindepojuc, dos 343 escrivães que responderam o questionário, 39,6% possuem graduação em Direito, em seguida vem o curso de Ciências Contábeis com 8,9% e Letras com 7,2%. Em relação a pós-graduação, 34,5% são da área de Segurança Pública, 29,9% na área de Direito e 23,6% na área de Administração Pública e o restante dividido em diversas áreas.

Vale lembrar que os cursos na área de Segurança Pública e Ciência da Administração Pública, muitas vezes são oferecidos gratuitamente por instituições de ensino, enquanto a pós-graduação na área do Direito é custeada pelo próprio servidor.

“Percebe-se que o escrivão que tem uma graduação diferente do Direito, após iniciarem o desempenho da função de escrivão, raramente se especializam na mesma área de formação, preferindo os cursos de Segurança Pública, Direito ou Administração Pública. Contrariando, portanto, o argumento da importância de conhecimento em áreas diversas para melhor desempenhar a função de escrivão de polícia”, concluiu Davi Nogueira.

 

Acesse o relatório completo da pesquisa clicando aqui

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