COMUNICADO Nota de Pesar: Julia Zomer Continue Lendo
24/11/2017
Ele lutou para que a Policia Civil tivesse seu próprio hino.
Nos fale sobre você...
Meu nome é MARCILON PEREIRA DE SOUSA, filho de Graciliano Teodoro de Sousa e Luzia Pereira de Sousa (in memorian). Sou escrivão, maestro de Orquestras e professor de música. Comecei a estudar música aos seis anos de idade. Sou formado em Direito, pela Faculdade Cathedral de Barra do Garças, pós-graduado em Direito Penal pelas Faculdades Integradas de Jacarepaguá/RJ e Doutorando também em Direito Penal pela UCA, (Universidade Católica da Argentina).
Sou casado com Lucia Ramos de Sousa, aliás muito bem casado há 34 anos, primeira namorada e única esposa, tenho uma filha, a Juliane Ramos de Sousa, 33 anos, e um neto, o Arthur Sousa de Godoy, de 10 anos. Recentemente, adotamos o Rudmar Suiasura Wotomopá, de 1 ano e quatro meses. Por enquanto não divido meu holerite com nenhuma outra mulher (risos).
Como é a sua rotina com a família?
Atualmente resido no centro de Canarana. E estou muito feliz, especialmente, porque adotamos o Rudmar, que é uma criança da etnia Xavante, e nos trouxe muita alegria. É que minha filha e meu neto residem em Barra do Garças. Então, minha esposa passava a maior parte do tempo sozinha em casa, por isso resolvemos adotá-lo, e foi a melhor coisa porque trouxe alegria para o nosso lar.
Como se deu o processo de adoção?
Ainda não foi feito de forma Judicial. A família indígena, juntamente com o Conselho Tutelar, nos deu a Guarda Provisória, pois Rudmar estava morrendo, muito mal já havia três dias sem comer, chorando muito, com infecção aguda no estômago. Não tivemos dúvidas quando vimos tudo isso. O levamos para Goiânia e conseguimos salvá-lo, graças a Deus! Diante disso, a família nos agradeceu e nos deu a criança como filho adotivo, para educá-lo e assumir a guarda dele.
Nos conte a sua trajetória profissional...
Tenho 52 anos, sou policial civil (escrivão) há 16 anos. Antes, era digitador experiente do Banco Bradesco, depois fiquei desempregado. Em 2001, então, passei a fazer parte da família PJC. Meu primeiro trabalho na Polícia, como regente, foi a criação do Hino da Polícia, pois até então não tínhamos. Foi um trabalho intenso, de muito diálogo com a Diretoria da PJC, que naquela época era comandada pelo diretor Geral Romeo Luiz dos Santos, tivemos também a importante participação do delegado Genison Brito Alves Lima e de um maestro da Universidade Federal de Mato Grosso. Então, foi realizado um concurso público para a escolha entre as oito músicas e letras concorrentes, a vencedora foi a música e letra do participante Alex Cordeiro. Todo esse trabalho me deu muita satisfação. Cheguei a ser elogiado pela Diretoria e Academia da PJC, inclusive, recebi Moção de Aplausos pelo excelente trabalho.
O que gosta de fazer nas horas vagas?
Nas horas vagas gosto de dar aulas de música para pessoas carentes. Não cobro pelo meu trabalho. Assim, surgiu a ideia de fazer um trabalho na aldeia Novo Paraíso, com os indígenas da etnia Xavante, ministrando aulas além de musicalização, noções de Direito coletivos e individuais, bem como, orientá-los sobre drogas lícitas e ilícitas, o mal do século.
Os músicos da aldeia têm 17 instrumentos musicais, sendo: 03 Clarinetas, 02 Trompetes, 02 Sax Alto, 02 Sax Tenor, 02 Trombones, 02 Bombardinos e 04 Violinos. É muito bom tudo isso. Uma pena que não tenho nenhum incentivo, apenas a boa vontade nossa. Para se ter uma ideia, oito instrumentos ganhei através de doações de amigos, o restante comprei com meu salário. Uma luta que sei o quanto valerá à pena!
Seu hobby?
Meu hobby é música. E quando estou de férias viajo para visitar famílias, parentes e amigos em outros Estados.