COMUNICADO Nota de Pesar: Julia Zomer Continue Lendo
26/08/2021
Guardarei sempre na memória um carinho especial pelos aposentados, pois me surpreenderam
A série de entrevistas com os ex-presidentes do Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso – Sindepojuc-MT traz mais uma reportagem para registrar a luta em defesa da classe. Desta vez, com Davi Nogueira, que por dois mandatos, envidou esforços para alavancar a instituição, aumentar número de filiados, conquistar a Carta Sindical e renovar as esperanças de uma nova sede própria, além da busca incessante dos direitos dos escrivães. Neste espaço, Davi conta como foi essa força-tarefa. Confira:
Como surgiu a ideia de assumir o Sindepojuc, nos relate como tudo começou?
DAVI - Acredito que não é possível apontar uma razão para justificar a ideia de assumir o Sindepojuc. Foi uma conjuntura de fatores que culminaram em me colocar à disposição para concorrer ao cargo eletivo.
Creio que o desejo da classe de renovação na gestão do sindicato foi o fator preponderante.
Uma gestão extremamente atuante diante às inúmeras conquistas. Como foi o trabalho de convencimento da categoria de que as coisas poderiam melhorar?
DAVI - Aos poucos a classe foi percebendo que implantamos uma gestão mais profissional no sindicato. Separamos o lado pessoal do profissional do presidente na gestão. Houve algumas decisões anteriores que beneficiou somente um pequeno grupo e isso descontentou, em muito, a classe que se sentiu traída. O que nós fizemos foi dar essa segurança, ou todos se beneficiam, ou ninguém.
Houve maior interesse de novos filiados?
DAVI - Triplicamos o número de filiados desde quando começamos a divulgar que seriamos candidato, pois muitos haviam se desfiliado por decepções anteriores e se sentiram motivados com uma nova perspectiva com a troca da gestão.
Uma das conquistas foi o reconhecimento enquanto sindicato, ao receber a Carta Sindical. Como se sente ao deixar esse legado?
DAVI - Somos um dos únicos sindicatos dos escrivães do país a ter a Carta Sindical. Somos reconhecidos como legítimos representantes da classe pelos órgãos públicos e temos o respeito das entidades classistas nacionais, tudo isso graças a nossa atuação e a conquista da Carta Sindical.
Podemos incluir também a aquisição de terreno próprio e construção parcial da nova sede em sua gestão, a obra segue a todo vapor. Um grande feito para o sindicato que estava batalhando para se recuperar financeiramente. Como tudo aconteceu?
DAVI - Trabalhamos sempre com esse foco, economizar para construir a nova sede. Por isso, ao longo dos cinco anos tivemos essa grande conquista para a classe.
Os cuidados com os filiados podem ser vistos, inclusive, com assessoria jurídica e acomodação no hotel de trânsito. Sempre houve essa preocupação durante a sua gestão?
DAVI - Sim, o foco sempre foi fazer o possível para atender bem aos filiados. Com isso, nossa categoria passou a ter mais apoio. O hotel de trânsito é um deles, especialmente, para aqueles que residem no interior. Da mesma forma, pode contar com a importante atuação da assessoria jurídica à garantia dos direitos.
Confraternização e Comunicação também marcaram seus mandatos. Acredita que investimentos nessas áreas aproximam instituição e filiados?
DAVI - No início os escrivães estavam com a autoestima baixa. Então, foi necessário investir em comunicação e em marketing para recuperar o orgulho de ser escrivão.
O olhar sempre esteve atento às condições de trabalho do escrivão, passando pela Capital e interior com visitas e troca de ideias?
DAVI - Essa é a parte mais complicada, pois existem forças poderosas que insistem em obrigar os servidores públicos a aceitar condições de trabalho incompatível com a responsabilidade. E não é fácil romper essa barreira, pois mesmo dentro da instituição há essa pressão para aceitarmos o que nos é oferecido do jeito que bem entendem.
O que mais te marcou enquanto presidente do Sindepojuc?
DAVI - As manifestações inesperadas de carinho e respeito por parte de alguns escrivães, quando isso ocorria, me abastecia de energia para continuar a luta que é extremamente extenuante.
Guardarei sempre na memória um carinho especial pelos aposentados, pois me surpreenderam. Durante a campanha e no início da gestão eram os que menos me apoiavam, mas graças a Deus tudo mudou.
Por outro lado, infelizmente há alguns colegas que só sabem reclamar, possuem um negativismo impregnante e quando se é presidente de sindicato, acaba sendo vítima dessas energias carregadas.
O que espera da atual gestão em termos de melhorias à categoria?
DAVI - Espero que tenha muita sorte, paciência e que conquiste o que for de melhor para classe.
Com a sensação do dever cumprido, deixe uma mensagem de incentivo à categoria.
DAVI - Acreditar que é possível melhorar, acreditar que a união faz a força e que a participação de todos no sindicato fortalece a categoria.
"Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende. Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir."
Cora Coralina.